domingo, 1 de novembro de 2015

Administração e Sociedade de informação

A sociedade mudou, o mundo mudou e com isso as profissões, a forma de estudar, as relações de trabalho também mudaram.
Lembro que no ensino médio eu combinava com os colegas para nos encontrarmos na Biblioteca Central às 08:00h para "fazer o trabalho"
"Fazer o trabalho" significava nos dividirmos entre os corredores e prateleiras da Biblioteca e descobrir nos índices dos livros o assunto que nosso professor tinha solicitado.
Voltávamos a uma mesa e copiávamos a caneta em folhas de papel pautado "com nossas palavras" aquilo que liamos nos livros.
Alguns mais geniais (o que não era o meu caso) conseguiam já sair da biblioteca com a versão final do trabalho pronta para apresentação. Outros, como eu, apenas com um rascunho para ser "passado a limpo".
A forma de estudar mudou. Hoje temos "tudo e mais um pouco" na palma da mão. A internet, berço da globalização, nos permite ir a cada canto do mundo e até fora dele, para uns. Rs. Só é necessário e essencial usar de sabedoria. Há quem critique, e diga que hoje não se estuda, apenas se copia e cola da internet. Seria ingenuidade minha afirmar que não há um percentual significativo de estudantes assim. Mas ao mesmo tempo, sabe-se que o mercado é um funil. Graduação e Pós-graduação, qualquer um faz. O acesso à universidade é muito maior, inúmeras vezes maior. Qualquer um pode estar na Universidade, mas a capacidade acadêmica, poucos tem. Então, o diploma não é diferencial. O diferencial verdadeiro, o que faz o profissional ser conhecido e reconhecido é o que ele gera de vantagem para a organização. O que ele projetou, realizou e funcionou. O que o profissional realizou além do que foi pedido dele. O que ele agrega de valor. O quanto vale a pena para a organização, a permanência dele.
E para ter esse diferencial essa tendência ao sucesso, só os melhores. Só os que buscaram, estudaram, acreditaram, forma além... e isso é para poucos.
A forma de trabalhar na sociedade globalizada, também mudou. De maneira geral não se oferece a pessoas, serviços que podem ser realizados por máquinas a custos menores.
Sendo saudosista mais uma vez, lembro que no ensino médio na década de 90 escolhi o Curso Técnico em Contabilidade. E me diziam: pra quê você vai estudar Contabilidade? É uma profissão fadada à extinção porque hoje os programas fazem tudo. De fato, naquela época começavam a surgir softwares de gestão integradas. E, graças a isso, eles fazem tudo aquilo que eu perdia tempo fazendo e que não me permitiam fazer o que faço hoje que é assessorar o Conselho de Gestão na tomada de decisão com informações relevantes. Obrigada Sistemas que prometiam acabar com minha profissão e que só a deram ainda mais importância.
E assim se dá com qualquer profissão que tirava do homem sua capacidade intelectual e criativa. Capacidade essa que ficava em segundo plano para que atividades "cara x crachá" fossem desenvolvidas.
Nas relações de trabalho também houveram mudanças. Graças a Deus. Mais uma vez dou exemplo pessoal. Resido em Salvador na Bahia e sou responsável pela Controladoria de Bahia, Sergipe, Piauí e Rio Grande no Norte da empresa em que trabalho. Minha entrevista do processo seletivo foi realizada via Skype e encontrei com meu gestor 2 vezes. Nunca estive no Piauí e no Rio Grande do Norte só a passeio. Estou na minha unidade sozinha fisicamente. E o trabalho funciona. Conferências telefônicas, reuniões virtuais. É a tecnologia  a nosso dispor. Alguém tem saudade de quando precisava voar para chegar ao local de reunião?
Relações assim são corriqueiras em milhares de organizações. E certamente existem dezenas de outros recursos.

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